CHUVA NÃO. TEMPESTADE!

Duração: 90 minutos
Gênero: Drama
Recomendação: 14 anos
Arte do Espetáculo - Chuva não Tempestade!

A montagem parte desse conflito para apontar questões ligadas ao amor, à opressão feminina, à religiosidade e às convenções sociais. Simone (Natalia Gonsales) é uma empresária bem-sucedida e recebeu este nome porque sua mãe defendia os ideais feministas de Simone de Beauvoir (1098-1986). Já a cabelereira Teresa (Cynthia Falabella), uma mulher simples e de poucos recursos, recebeu da mãe religiosa o nome da santa Teresa D´Avila (1515-1582), pois acreditava que assim a filha teria uma vida abençoada.

Em comum essas mulheres têm o amor pelo mesmo homem: Hugo. Simone o conheceu primeiro. Um ano depois, Teresa começa o relacionamento mesmo sabendo da existência de Simone. Uma semana antes do casamento, Simone descobre Teresa.

Imagem do Espetáculo - Chuva Não. Tempestade!


No dia da cerimônia, Simone vai ao salão de Teresa para se arrumar, numa clara tentativa de provocação. Porém, uma chuva torrencial desaba sobre a cidade e as impede de sair do local. Presas, passam a limpo suas histórias num jogo onde não se sabe ao certo o que é ou não dito. Obstinada a conhecer essa mulher e desvendar mentiras e mistérios, Simone tenta manter a compostura fingindo não saber de nada.

Imagem do Espetáculo - Chuva Não. Tempestade!

“A cidade está sendo destruída pela chuva, mas parece que nada daquilo importa. O que interessa para elas é só aquele momento, o que estão vivendo. É como uma metáfora, uma certa apatia com relação a tudo que está acontecendo. A gente fica tão focado nos problemas, com as nossas coisas, que acaba não se preocupando com o que está ao nosso redor”, fala Franz Keppler.

Imagem do Espetáculo - Chuva Não. Tempestade!

A narrativa mescla lirismo e suspense, trazendo textos, pensamentos e referências às obras de Simone de Beauvoir e de Teresa D´Avila que contribuem para que o público reflita sobre a mulher e o seu papel na sociedade.

Foi durante as conversas com a equipe da peça que surgiram menções à filósofa francesa e ícone do feminismo. Em suas pesquisas, Franz Keppler se deparou com o conto A Mullher Desiludida que retrata a esposa que aceita o marido ter uma amante para não perder o seu amor.

“Essa referência à Simone de Beauvoir traz uma busca pela libertação e ao mesmo tempo eu pretendia trazer uma oposição a esse personagem feminista. Portanto, achei interessante e simbólico colocar essa mulher que tem nome de santa por sua mãe achar que assim teria uma vida mais abençoada.”

Para o diretor Rafael Primot, a peça trata questões de relacionamentos humanos e de como as pessoas se comportam quando estão numa relação. “O diferencial é que a gente trabalha no campo do real, do que se diz socialmente, e daquilo que as pessoas pensam ou gostariam de dizer e não têm coragem. Minha função é dar voz a esse texto e asas para imaginação das atrizes, para juntos, criarmos e potencializarmos o que o texto propõe”, explica Primot.


FICHA TÉCNICA 

Elenco: Cynthia Falabella e Natalia Gonsales.

Autor: Franz Keppler.

Direção: Rafael Primot.

Assistente de Direção: Guilherme Mazzei.

Participação: Guilherme Mazzei.

Trilha Sonora: Marcelo Pelegrini.

Luz e Cenário: Marisa Bentivegna.

Assistente de Cenografia: Amanda Vieira.

Cenotécnico: Cezar Resende.

Figurino: Camila Amadei.

Operador de Som: Caio Nogueira.

Operador de Luz: Aldrey Hibbeln.

Contra Regra: Paulo Travassos.

Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.

Projeto Gráfico: Kelson Spalato.

Fotografia: Priscila Prade.

Assistente de Fotografia: Renato Toso.

Jurídico: Marisa Tomazela.

Financeiro: Natacha Mendonça.

Direção de Produção: Marco Griesi.

Produção Executiva: Fernando Azevedo.

Realização: Palco 7 Produções.

DATA DE REALIZAÇÃO

Teatro Eva Herz – São Paulo 11 de maio a 28 de julho de 2016