O papel cada vez mais essencial das relações humanas, sobretudo no mundo pós-pandemia, reflete-se em Brilho Eterno, montagem que traz ao palco nos papéis principais os atores Reynaldo Gianecchini e Tainá Müller, com idealização, direção e encenação de Jorge Farjalla. O espetáculo é apresentado pelo Ministério do Turismo e Faculdade São Leopoldo Mandic, com patrocínio de Seguros Unimed e Petro Rio, e estreou em São Paulo no dia 25 de março de 2022, no Teatro Procópio Ferreira.
Livremente inspirado no longa “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” – roteiro de Charlie Kaufman premiado com o Oscar, dirigido por Michel Gondry e estrelado por Jim Carrey (Joel) e Kate Winslet (Clementine), Brilho Eterno, que traz no elenco ainda Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian, questiona, de maneira lúdica e por muitas vezes cômica, o quanto as pessoas se mostram dispostas a viver situações de sofrimento por amor durante a vida.
A encenação consolida o encontro artístico entre Farjalla e Gianecchini, que também co-produz a montagem, ao lado de Daniella Griesi (Solo Entretenimento), Marco Griesi (Palco 7 Produções) e Renata Alvim (Rega Início Produções), como produtores associados.
A parceria havia sido idealizada há mais de quatro anos, imediatamente após o diretor revelar ao ator seus planos para o texto. Contudo, compromissos profissionais de ambos e, posteriormente, a pandemia da Covid-19, adiaram temporariamente o projeto.
Uma nova história – Com dramaturgia de André Magalhães e do próprio Farjalla, Brilho Eterno não conta no palco a história já vista nas telas.
Para Reynaldo Gianecchini, o espetáculo presta uma homenagem ao filme e seus fãs, mas, ao propor uma nova trama atualizada e contada de maneira leve de forma não linear – variando entre presente, passado e alucinação -, permite que cada espectador “monte seu quebra-cabeças”, encontrando outros significados a partir das próprias experiências.
“Você pode até apagar um amor da mente, mas não pode apagar do coração. O brilho eterno é esse, o que não se apaga. Acredito que esta essência é a maior conexão entre a peça, o filme e o público que irá nos assistir”, resume.
A convicção de que os afetos e os valores passaram por grandes transformações desde o lançamento do filme (2004) também foi um elemento preponderante no processo de criação da peça.Mais à frente, foi preciso levar em consideração ainda o impacto da crise global de saúde global no cotidiano.
Tainá Müller ressalta que, por tudo isso, alguns temas da obra original, ainda que tenham marcado o imaginário de uma geração, hoje podem ser discutidos de outra forma, especialmente a representatividade feminina. Para tanto, a peça investe em uma abordagem mais contemporânea e equilibrada entre os protagonistas.
“Era preciso compreender quem são, hoje em dia, esse homem e essa mulher. Além disso, em nossos diálogos, concordamos que a personagem feminina deveria estar em cena mais como ‘sujeito’ e menos como ‘objeto transformador’ do personagem masculino”, relata a atriz.
Sinopse – O que nos faria repensar o conceito de “amor à primeira vista “? Em que momento percebemos que uma relação não deu certo ou mesmo procuramos entender os pontos de interesse em desencontro para salvar o essencial ao animal humano: a troca?
Eros, o amor romântico; Ludus, o amor passageiro; Pragma, o amor maduro; Philia, a amizade; Philautia, o próprio; Storge, o amor consanguíneo, e por fim, Ágape, o amor universal.
Seriam variantes de um mesmo tema? Diferentes cepas de uma pandemia? Um sintoma que exige um tratamento pontual ou um mal autoimune que requer cuidados durante toda a sobrevida?
Jesse e Celine sentem a necessidade um do outro, de maneiras e intensidades diferentes. Com a detecção de uma incompatibilidade, a necessidade continua sendo o mote da relação do casal, mas não a do amor dependente, cinematográfico e de últimos capítulos. Que o amor gera sofrimento todos sabemos, ao menos aqueles que já amaram, de fato. O quanto as pessoas estão disponíveis a assumir esses momentos de sofrimento durante a vida?
Isso é o que nos questiona “Brilho Eterno” de maneira lúdica, mas não leve de efeitos colaterais.
Prêmios
Prêmio Bibi Ferreira / Vencedor em cinco categorias: Melhor Espetáculo, Atriz Coadjuvante – Renata Brás e Desenho de Luz – Cesar Pivetti.
FICHA TÉCNICA
Livremente inspirado a partir do filme Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
Dramaturgia: André Magalhães e Jorge Farjalla
Colaboração: Victor Bigelli e Tainá Müller
Idealização e Direção: Jorge Farjalla
Assistente de Direção: Raphaela Tarfuri
Elenco: Tainá Müller, Reynaldo Gianecchini, Wilson de Santos, Renata Brás, Fábio Ventura e Tom Karabachian
Stand in: Marco Griesi
– Equipe Criativa –
Cenografia: Rogério Falcão
Design de Luz: Cesar Pivetti
Direção Musical, Design de Som e Trilha Sonora: Dan Maia
Figurino: Jorge Farjalla
Visagismo: Eliseu Cabral
– Equipe Técnica –
Camareira: Maria Helena Teodoro
Chefe de Palco: Jhonatta Moura
Operador de Luz: Lucas Rodrigues
Operador de Som: Luan Casado
Contrarregra: Thiago Vidal
Microfonista: Nildo Bitencourt
Produtora Executiva: Dulce Pacheco
Produção/Administração: Rosy Farias
– Equipe Cenografia –
Marcenaria e Mestre Cenotécnico Denis Nascimento
Coordenadora Cenotécnica: Julia Saragoça
Mestre Serralheiro: Dalton Nunes
Serralheria:
Francisco de Paula
Fabio dos Santos Ferreira
Reginaldo Pereira do Nascimento
Genilson de Alencar
Marcenaria:
Henrique Oliveira
Francolino Manoel Gomes
Renato Inácio dos Santos
Pintura de arte:
Karen Luizi
Camila Olivetti
Leds de cenário e capacete: Edson Brossa
Assistente de Cenografia: Vitória Paiva
Estagiários: Letícia Lopes e Matheus França
– Equipe Figurino –
Assistente e Produção de Figurino: Daniella Griesi
Costureiras: Judite de Lima, Glória Amaral e Verilse Toyota
Alfaiate: Michel Lima
Crochê: Didi Primo
Aderecista: George Silveira
Confecção de Perucas: Simone Momo
– Sonorização –
Gabi Som
– Iluminação –
RP Lights
Voz off: Reynaldo Gianecchini, Victor Bigelli e Tainá Müller
– Equipe Marketing –
Gerente de Marketing: Rodrigo Souza
Design Gráfico: Peu Lima e Kelson Spalato
Assessoria de Comunicação (imprensa e mídia online):
Motisuki PR
Regis Motisuki
Vitor Deyrmandjian
Giulia Poltronieri
Matheus Rezende
Fotos Estúdio e Cena: Priscila Prade
Registro em Vídeo: Murilo Alvesso
– Administrativo –
Lei de Incentivo: Ibituruna Cultural – Patrícia Figueiredo
– Produtores Associados –
Marco Griesi – Palco 7 Produções
Renata Alvim – Rega Início Produções
Daniella Griesi – Solo Entretenimento
Reynaldo Gianecchini – Erregedois Produções Artísticas e Culturais
Serviço
São Paulo
Temporada: de 25 de março a 12 de junho de 2022.
Local: Teatro Procópio Ferreira(R. Augusta, 2823 – Cerqueira César) – Informações: (11) 3083-4475
Gênero: Comédia Romântica | Duração: 70 minutos | Classificação etária: 12 anos
Sessões e horários: sexta-feiras (21h), sábados (17h e 21h) e domingos (18h)
Ingressos: a partir de R$35,00 – À venda em www.sympla.com.br e na bilheteria do teatro.